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Visconde Oliveira Paço

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Visconde Oliveira Paço

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

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Código de referência

PT/AHMVLG/VOP

Tipo de título

Atribuído

Título

Visconde Oliveira Paço

Entidade detentora

Arquivo Histórico Municipal de Valongo

História administrativa/biográfica/familiar

Alberto de Oliveira Freitas Guimarães, 2º visconde de Oliveira do Paço é o autor deste conjunto de documentos fotográficos. Nasceu no Porto, no dia 14 de agosto de 1882, e aí faleceu a 13 de maio de 1962.O título de família vem de seu avô materno António Martins de Oliveira do Paço, o qual foi atribuído pelo rei D. Luís I, por Decreto de 15-05-1879. António Martins de Oliveira do Paço foi um abastado proprietário e viveu muitos anos no Brasil, sendo que esta distinção foi-lhe atribuída pelos seus atos beneméritos, nomeadamente os praticados em auxílio dos portugueses fixados no Rio de Janeiro, das dádivas feitas ao Asilo de D. Maria Pia e para a construção do cemitério de Sobrado, em Valongo.Entre 1900 e 1909, Alberto de Oliveira Freitas Guimarães foi aluno da Academia Portuense de Belas Artes, hoje Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Foi aluno de pintura e escultura e terminou o cursos com louvor, tendo tido como professor o mestre Teixeira Lopes.Em 1921, casou com Maria Carolina da Silva Belo (1893-1937), em Lisboa, e dessa união não nasceram filhos. Maria Carolina faleceu muito cedo, em dia 28 de julho de 1937, na freguesia de Cedofeita, no Porto, facto que muito entristeceu Alberto Guimarães, segundo a sua sobrinha-neta Maria do Carmo de Oliveira de Araújo Lima Freitas Guimarães.Em 1901, a revista mensal "Luz e Sombra" publica o cliché "A malha dos feijões", de Alberto d'Oliveira Guimarães, sendo que nos seus clichés, há uma imagem sobre uma distinção de medalha de prata, num concurso fotográfico da "Luz e Sombra" de 1901.A "Revista de ex-libris portugueses", de 1923, refere um dos seus desenhos num artigo dedicado à livraria do seu sogro, Fernando de Oliveira Bello, como uma das mais especializadas da época. Em 1954, o Gabinete de História da Cidade, da Câmara Municipal do Porto, organiza também uma exposição dos "Ex-libris Portuenses", onde se inclui o seu desenho intitulado «Se quizeres saber has-de viajar", conforme se encontra documentado no "Boletim Cultural da Câmara Municipal do Porto, de 1954". Algumas das suas pinturas estão na posse da família e outras, nomeademente as esculturas estão nas casas onde viveu.

Estrutura interna/genealogia

Alberto de Oliveira Freitas Guimarães (1882-1962) era filho de Manuel Ferreira Freitas Guimarães (Porto, 1852-1916) e Maria Ferreira de Oliveira (Rio de Janeiro, 1860-Casa do Paçal, 1908).Alberto de Oliveira Freitas Guimarães tinha dois irmãos, Maria de Oliveira Freitas Guimarães (1881-1972), que casou com o major-médico Joaquim José Cardoso, e Álvaro de Oliveira Freitas Guimarães (1886-1954), que casou em primeiras nupcias com a sua prima Amélia de Oliveira Dias da Costa (1887-191?) e em segundas nupcias em 1920, com Albertina da Luz Rodrigues de Araújo Lima (1892-1964).Apenas há descendência de Álvaro, que teve quatro filhos: Álvaro de Oliveira Dias Freitas Guimarães (1913-1978), do primeiro casamento e José do Carmo (morreu com 2 anos), Maria do Carmo de Oliveira de Araújo Lima Freitas Guimarães (1925-) e Manuel de Oliveira de Araújo Lima Freitas Guimarães (1926-?).A sua mulher Maria Carolina da Silva Belo era filha de Fernando de Oliveira Belo e Ana-Carolina Lurine da Silva

História custodial e arquivística

A Quinta do Passal, em São Martinho do Campo, Valongo pertencia a Alberto de Oliveira Freitas Guimarães, que não deixou descendência directa, pelo que coube ao seu sobrinho- neto Álvaro de Oliveira Freitas Guimarães (1913-1978), quer o direito ao titulo de 3º Visconde de Oliveira do Paço quer a posse da casa do Paçal. Este casou com Isabel Maria da Conceição de Azevedo e Menezes Pinheiro Pereira de Bourbon (1905) da família dos senhores do Paço de Pinheiros, em Barcelos, que após enviuvar vendeu a quinta a Francisco José Moreira Gonçalves, que por sua vez, em testamento, a doou à paróquia. Entretanto, por limpeza da casa, foram aí encontrados os negativos, que foram recolhidos e doados à Câmara Municipal de Valongo.

Âmbito e conteúdo

As fotografias deste fundo resultam do âmbito da esfera sentimental e vivências pessoais, designadamente cenas familiares dos viscondes de Oliveira do Paço e seu enquadramento paisagístico e histórico-cultural.Retratam aspetos do quotidiano, da família, quer na casa dos pais, na rua da Alegria, no Porto, quer na Quinta do Passal, em Valongo, bem como aspetos da vida rural, festividades e manifestações religiosas, nomeademente a bugiada.Há inúmeras paisagens captadas nas suas propriedades do Passal, junto ao rio Ferreira e registo de viagens e passeios na cidade do Porto, em Sintra, no Luso e ainda das viagens ao Rio de Janeiro, no Brasil, onde os seus avós maternos viveram e tiveram negócios.